Muitos falam em saudade, dos filhos e netos que pouco ali vão, as visitas são longínquas, reflete-se este vazio nas conversas com vizinhos que mesmo assim a cumplicidade persiste. As ilhas da Rua de São Vítor têm cada vez menos gente, mas há quem continue a preservar a identidade delas, estas pessoas são as mais idosas, as que não querem sair dali pelo facto de ali nascerem e crescerem até aos dias de hoje. Este trabalho baseia-se nas pessoas dessas ilhas, a movida que ali habita e o que ainda preservam em todo este tempo, a solidariedade genuína e ao mesmo tempo a sensação de serem uma comunidade cada vez mais solitária na Cidade. Moradores, ex-operários que continuam a viver na Rua de São Vítor onde a média de idades varia dos 65 aos 90 anos. Este sentido de comunidade atravessa durante séculos, são locais com história, de trabalhadores que não tinham a possibilidade de viver em habitações com melhor qualidade habitacional. Nesta pequena comunidade existe o espírito de amizade, de uma relação de vizinhança e empatia, mas a cada dia, mais sozinhos, o que lhes resta, são as conversas diárias de quem mora no meio deles, pessoas esquecidas numa espécie de “Condomínio Fechado

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